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O fenómeno do Ghosting Laboral

Ghosting laboral

Ghosting é um termo informal que descreve a prática de terminar toda e qualquer comunicação com outra pessoa sem qualquer aviso prévio ou justificação aparente, subsequentemente ignorando quaisquer tentativas de aproximação ou comunicação feitas por essa pessoa.

Este termo tem origem no início dos anos 2000 e circunscrevia-se tipicamente a encontros / relações românticas, cortando o contato com a outra pessoa sem dar nenhuma explicação. Esse mesmo conceito também pode ser aplicado no mundo do trabalho, sendo conhecido por Ghosting Laboral. Resumidamente, ocorre quando um candidato a um cargo desaparece do processo de seleção, sem dar nenhum sinal ou motivo aparente.

Na década seguinte, os meios de comunicação social relataram um aumento do fenómeno, atribuído essencialmente ao uso crescente das redes sociais. Neste tipo de situações, para evitar ruturas e não ter de facultar grandes justificações, o “fantasma” aka ghost simplesmente deixa de responder a mensagens e chamadas, bloqueia as redes sociais e coloca filtros no email.

Tipos de Ghosting Laboral

Do candidato para a empresa: os funcionários ou candidatos que deixam o emprego ou o processo seletivo repentinamente, sem aviso prévio.

Da empresa para o candidato: o comportamento mais comum consiste no silêncio do recrutador após publicar uma oferta de emprego, seja porque ninguém acusa a receção de candidaturas ou, ainda, pela total ausência de feedback após uma entrevista de emprego.

Como o Ghosting Laboral afeta as empresas

É necessário estar atento ao efeito do Ghosting Laboral para ambas as partes envolvidas, uma vez que para as empresas representa alguns problemas, como por exemplo:

  • Reestruturação do fluxo de tarefas previsto para este colaborador;
  • Tempo investido no processo de recrutamento e / ou integração na empresa.

Ghosting Laboral tem sido associado a baixas taxas de desemprego e a culturas de grande mobilidade no mundo de trabalho. Contudo, o fenómeno afigura-se global e, segundo Kristi DePaul, num artigo da Harvard Business Review, existem razões transversais para este fenómeno, nomeadamente:

  • A dificuldade em dizer “não” a alguém;
  • A tendência das pessoas de evitar o conflito;
  • A falta de informação / autonomia para comunicar uma decisão;
  • Sobrecarga laboral.

Uma coisa é certa: haverá sempre ghosting dos dois lados da moeda. Contudo, existe uma regra de ouro que beneficiaria ambas as partes – o respeito pelo tempo do outro, enquanto exercício de cidadania. É necessária coragem para escrever “aquele email” ou fazer “aquele telefonema”, que visa dar más notícias. Todos merecemos consideração e tudo será mais fácil se formos claros e honestos uns com os outros. Este pode ser um problema difícil para as entidades, por isso, confie o seu projeto à Nortempo!