O que é o Quiet Quitting e como podem as empresas evitá-lo?

O Quiet Quitting é um enigma para diversas organizações, independentemente da sua dimensão. Pode não ter ouvido falar deste conceito antes, mas este é um fenómeno que pode custar às empresas milhões de euros em perda de produtividade.
O Quiet quitting ou “fazer o estritamente necessário” ao nível laboral, é quando os seus colaboradores se esforçam o mínimo possível e não colocam muito empenho ou motivação nos seus projetos. Este é um sinal claro de insatisfação, desmotivação e/ou de esgotamento dos seus funcionários. Eles chegam ao trabalho à sua hora de entrada, desenvolvem o seu trabalho e, quando chega o seu horário de saída, vão embora. Não tomam iniciativa e não vão para além daquilo para que são pagos. Em alguns casos, podem até fazer menos do que o mínimo exigido.
Muitas vezes, este fenómeno é um reflexo da baixa autoestima dos funcionários. Eles não se sentem valorizados e, consequentemente, começam a diminuir o seu esforço e dedicação para com a empresa onde trabalham. Na maioria dos casos, este problema é detetado quando já é demasiado tarde.
Os trabalhadores que estão “desligados” do seu trabalho têm até 50% mais probabilidades de desistir desse mesmo trabalho em apenas 1 ano. Desta forma, torna-se fundamental e obrigatório que as empresas estejam conscientes dos sinais de Quiet Quitting, tomando medidas para evitar que tal aconteça.

Mas como poderão as empresas evitar a ocorrência deste fenómeno?
A melhor maneira de evitar o Quiet Quitting é criar uma cultura que leve a que os seus colaboradores se sintam valorizados. Fazê-los sentir que a sua opinião é importante e que podem falar com transparência caso se estiverem infelizes, é a chave. Incentivar uma comunicação aberta e garantir que os colaboradores saibam que não há respostas erradas é importante e deve ser praticado.
Deixamos-lhe algumas dicas que o poderão ajudar a prevenir ou a reduzir o risco de Quiet Quitting na sua empresa:
- Encorajar os colaboradores a dar feedback: Encorajar os colaboradores a darem feedback regularmente, quer seja através de um inquérito anónimo ou de reuniões individuais regulares. Isto ajudá-lo-á a identificar quaisquer potenciais problemas logo desde início, bem como a resolvê-los antes de os seus funcionários quererem deixar a sua organização.
- Ser proactivo na resolução de problemas: Caso se depare com algum problema, não espere para o resolver. Quanto mais cedo lidar com a questão, menor será a probabilidade de levar alguém a desistir.
- Promover o worklife balance: Um equilíbrio saudável entre o trabalho e a vida pessoal é importante para todos, mas especialmente importante para as pessoas que se encontram em elevado risco de esgotamento. Certifique-se de que os seus colaboradores têm a oportunidade de tirar os seus merecidos dias de férias, não esperando nem permitindo que trabalhem horas excessivas.
- Oferecer apoio: Se um colaborador estiver em dificuldades, ofereça apoio. Aqui estão incluídas sugestões, tais como dar formação adicional ou permitir horários de trabalho flexíveis. Deixe-os saber que estará lá para eles e que quer ajudá-los a ter sucesso.
Se conseguir criar um ambiente de trabalho positivo, os seus colaboradores terão menos probabilidades de desistir e conseguirá reter os seus talentos, indispensáveis para o sucesso da sua organização!
Não abra espaço para o Quiet Quitting, cuide de si e cuide de todos!
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