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“Na Aceites Abril estamos preocupados em garantir a qualidade e continuar a avançar em segurança e sustentabilidade”

Aceites abril prod

O Aceites Abril é um dos maiores produtores de azeite em Espanha e uma referência de exportação para 45 países. A sua presença nas cozinhas do consumidor final cresceu nos últimos anos, em paralelo com o seu papel como fornecedor de outras indústrias alimentares, de modo que os últimos meses têm sido extraordinariamente exigentes. Tal como outras empresas do sector, tem sido um exemplo de esforço durante esta crise para levar os alimentos às lojas todos os dias. Delmiro Barreiros, Diretor de Recursos Humanos, fala sobre a adaptação de toda a empresa e das suas equipas num contexto excecional.

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Delmiro Barreiros, diretor de Recursos Humanos

A indústria alimentar tem demonstrado uma grande capacidade para abastecer a população durante esta crise. Como viveu os momentos mais complexos desta crise?

Sem dúvida, foi uma crise que ninguém esperava e que perturbou os planos das empresas de todos os sectores. No nosso caso, forçou-nos a agir rapidamente para garantir medidas de proteção da saúde e prevenir qualquer risco. Reforçámos os turnos de limpeza, evitámos qualquer tipo de congestionamento nas mudanças de turno… Também investimos em formação e implementámos procedimentos para agir ao mais pequeno sinal de doença. Felizmente, não tivemos quaisquer resultados positivos.  

A dificuldade das cadeias de abastecimento em continuar a manter a distribuição dos seus produtos em todo o mundo afetou-o?

A crise teve diferentes fases nos diferentes mercados onde vendemos o nosso produto. No início houve um pico elevado da procura nos supermercados a nível nacional e quando esta normalizou, as vendas no estrangeiro também aumentaram. No nosso caso, as exportações têm sido capazes de se desenvolver sem muitos contratempos.

O que precisa de ser consolidado para cenários futuros como o que temos experimentado e como foram reforçados?

A nossa principal força tem sido a reação da equipa humana, cuja resposta tem sido excelente. Apesar das dificuldades, as nossas equipas têm demonstrado grande profissionalismo e enorme qualidade humana. Gostaria de aproveitar esta oportunidade para agradecer a todos os trabalhadores pelo seu empenho na empresa numa situação tão excecional.

Relativamente às exigências do mercado, na Aceites Abril estamos preocupados em garantir a qualidade e continuar a avançar em segurança e sustentabilidade. A crise demonstrou que o sector alimentar é crítico numa situação como a que vivemos. De agora em diante, o consumidor será mais sensível à valorização da marca em termos da sua origem e da segurança que a sua escolha lhe confere. Na Aceites Abril tentamos sempre alcançar uma produção mais sustentável e responsável, tanto em termos ambientais, económicos e sociais. Agora é mais importante do que nunca.

Estamos também agora conscientes da importância de ter investido em I+D para enfrentar as mudanças impostas por situações como esta, tanto na produção como na rastreabilidade e distribuição do produto. A incorporação de novas tecnologias é fundamental no sector agroindustrial e devemos continuar a avançar neste campo para nos adaptarmos a ambientes em mudança com maior incerteza.

O sector alimentar tem demonstrado grande flexibilidade na adaptação da produção. Foi necessário ter mais pessoal para cobrir as grandes flutuações da procura?

No nosso caso, mantivemos o pessoal e tivemos de fazer esforços específicos com mais pessoal em determinadas posições. Também tem sido um desafio reequilibrar as linhas de produção que inicialmente deixaram de funcionar, tais como as destinadas à indústria hoteleira e de restauração, e as destinadas a garantir o abastecimento dos supermercados que, por outro lado, aumentaram a sua atividade. Além disso, como mencionei anteriormente, o pessoal de limpeza foi reforçado para garantir a segurança das nossas instalações. 

Que papel tem desempenhado a contratação de serviços de recursos humanos e de prestadores de serviços de emprego temporário?

Estamos confrontados com mudanças na procura que nos obrigaram a ser muito flexíveis. Além disso, temos de continuar a contratar e a gerir pessoas num ambiente complexo, com as medidas de segurança adequadas. Ao longo de todo este processo, os recursos humanos especializados e as empresas de recrutamento e trabalho temporário têm desempenhado um papel muito importante. No final, têm de agir como um parceiro-chave face a todas as mudanças que se avizinham.  

Os profissionais de Recursos Humanos tiveram de agir rapidamente para gerir talentos e eliminar incertezas numa situação como a atual. Qual é a chave para gerir pessoas num ambiente como o que viveram?

Um dos grandes desafios desta crise tem sido a gestão de pessoas, prestando muita atenção à comunicação interna. Estamos numa altura em que todos precisamos de sentir que a empresa se preocupa com a segurança e o futuro do seu pessoal. A gestão esteve envolvida desde o início e isso também tem sido fundamental. O desafio consiste em gerir a incerteza e continuar a trabalhar com mais adaptabilidade do que nunca.

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Que mudanças futuras deixará esta crise na gestão de pessoas e na procura de perfis profissionais?

Todos tentaremos dedicar mais tempo à gestão emocional das equipas, preocupando-nos com a forma como os nossos colegas se estão a sair.

A um nível mais operacional, fala-se muito de teletrabalho. Embora muitos dos nossos empregados tenham tido de continuar a trabalhar na linha da frente, é verdade que o teletrabalho ganhou terreno e, em certa medida, veio para ficar. Neste momento, porém, gostaria também de dizer que temos grandes desafios a enfrentar em termos de progresso a nível social. Muitas pessoas na nossa empresa vivem em zonas rurais e ainda hoje têm dificuldades em obter uma cobertura wifi decente. Imagine uma família que tem de se ligar para as aulas dos seus filhos, reuniões da empresa… e a cobertura falha. É necessário avançar na digitalização, mas temos de garantir os meios necessários.        

Em termos de qualidades, não há dúvida de que perfis versáteis e adaptáveis ganharão ainda mais proeminência como resultado desta crise. No nosso caso, gostaria de fazer uma menção especial aos perfis seniores, cuja experiência tem desempenhado um papel muito importante nesta situação excecional 

Do mesmo modo, é provável que a curto e médio prazo a procura de posições especializadas em todo o sector aumente a fim de continuar a avançar na qualidade do produto. Como já referi, o investimento em I&D já era fundamental na nossa empresa e sê-lo-á ainda mais.

Agora que entrámos noutra fase, está otimista quanto ao futuro do sector?

Estou otimista, estamos gradualmente a voltar ao normal e as exportações retomaram. Já estamos a desenvolver novos produtos e a gerar ideias para competir num mercado que será, sem dúvida, muito mais competitivo nos próximos anos.

Da Nortempo agradecemos a atenção da Aceites Abril e aproveitamos esta oportunidade para estender o nosso reconhecimento a todas as empresas e trabalhadores de toda a cadeia do sector alimentar, sem cujo esforço não teria sido possível ter os produtos básicos disponíveis nos momentos mais críticos do estado de alarme que deixámos para trás.