Dia Mundial do Síndrome de Down: A singularidade pode fazer toda a diferença na SUA empresa
No dia 21 de março comemorou-se o Dia Mundial do Síndrome de Down, selecionado pela ONU em 2012, visando dar visibilidade à trissomia do cromossoma 21 que causa este síndrome.
Na Fundação Nortempo queremos colocar o nosso foco nesta efeméride para conseguir a verdadeira inserção social e laboral das pessoas com Trissomia 21, de forma a normalizar, efetivamente, a sua presença nas empresas.
Os dados são claros: 81% das empresas não cumprem com a Lei Geral de Deficiência (LGD), que exige que as empresas de mais de 50 trabalhadores tenham uma percentagem superior a 2% de pessoas com capacidades diferentes, contudo, é preciso ir mais longe e apostar na inclusão social como um benefício para todos e não apenas uma imposição.
Em Portugal, a Lei 4/2019, “Sistema de quotas de emprego para pessoas com deficiência” foi publicada no Diário de República a 10 de janeiro de 2019. Esta lei tem como objetivo aplicar uma quota, não inferior a 2% dos trabalhadores, para a contratação de pessoas com deficiência, com um grau de incapacidade igual ou superior a 60%, por parte das entidades empregadoras, do setor privado e do setor público. Contudo, esta obrigatoriedade não abrange todos os empregadores do setor privado, abrangendo as médias empresas com um número igual ou superior a 75 trabalhadores e as grandes empresas. Porém, é preciso ir mais além e apostar na inclusão, vista como sendo um benefício para todos, e não como uma mera imposição.
A diversidade, sempre que seja gerida de forma correta, trará importantes benefícios à sua empresa:
- Diferenciação e singularidade. Hoje em dia, a diferenciação e a especialização são fatores fundamentais para o nosso negócio e para a nossa empresa. Diferenciarmo-nos da concorrência e potenciar a nossa singularidade irá beneficiar-nos e, isto, poderá ser, simplesmente, o reflexo de contar com uma equipa diversificada.
- Uma oportunidade nos Recursos Humanos. É um erro procurar sempre o mesmo tipo de perfis e a gestão deve focar-se em atrair talento, independentemente das suas capacidades. Além disso, o recrutamento de pessoas com deficiência é um sinal de uma cultura empresarial aberta, competitiva e orientada para a sociedade.
- Melhoria do ambiente de trabalho. Com uma equipa diversificada, todos irão trabalhar melhor porque os seus empregados sentir-se-ão orgulhosos de pertencer a uma empresa que aposta no talento sem distinções.
- Flexibilidade e respeito. A existência de diferenças entre os diversos trabalhadores gera um respeito por parte dos restantes colegas. Uma correta gestão da diversidade na empresa, dando as mesmas oportunidades a todos para além das suas diferenças, permitirá criar uma equipa consistente e unida.
- Maior produtividade. O ambiente de respeito, igualdade e criatividade favorece o estabelecimento de um bom ambiente de trabalho que, por sua vez, beneficiará a produtividade de toda a equipa.
Em suma, a contratação de pessoas com capacidades diferentes constitui um elemento de valorização da cultura corporativa, refletindo a contribuição da companhia para uma sociedade mais equitativa e igualitária. Além disso, reforça-se a imagem face à sociedade e às outras empresas, as quais poderão inspirar-se no nosso exemplo.
Os pontos fortes dos profissionais com síndrome de Down
Estima-se que apenas 5% das pessoas com Trissomia 21 em idade ativa façam parte do mercado de trabalho. É necessário inverter esta situação o mais rapidamente possível, promovendo a sua inserção de uma forma natural.
Estas pessoas possuem competências que as tornam muito valiosas no seio das empresas, entre as quais se destacam os seguintes pontos:
- São trabalhadores meticulosos e muito eficazes
- Caracterizam-se por uma grande honestidade e transparência
- Têm um grande orgulho no sentido de pertença e ajudam a criar equipas coesas
- Têm um alto nível de compromisso e constância.
Portanto, se pondera expandir a sua equipa, recomendamos que aposte na diversidade. Na Fundação Nortempo apoiamos os nossos clientes na integração e inserção laboral de pessoas com mais limitações.